Dificuldade para dormir? Saiba que você não está sozinho. Problemas com o sono já afetam 76% dos brasileiros, de acordo com uma pesquisa da Universidade Federal de São Paulo e do Instituto do Sono. Entre os distúrbios do sono mais comuns estão, a insônia (já considerada um epidemia global), os distúrbios respiratórios e de movimento. Por aqui, vamos focar nas causas respiratórias, como a Apnéia Obstrutiva.
Esta é uma condição caracterizada pela obstrução da via aérea no nível da garganta ou do nariz durante o sono. Esta obstrução leva a uma parada da respiração, que dura mais do que 10 segundos. A respiração retoma quando a pessoa acorda, emitindo um ronco alto.
Ao notar este quadro, o paciente deve buscar ajuda de um otorrinolaringologista, pois a enfermidade pode causar ou agravar quadros de doenças cardiovasculares, como hipertensão arterial sistêmica, arritmias, infartos e insuficiência cardíaca congestiva, perda de memória, dificuldade de concentração, sonolência diurna, cansaço exacerbado.
Para casos mais leves é recomendado controlar os fatores de risco (perda de peso, tratamento da sinusite, operar as amígdalas, tratar o desvio de septo nasal…) e alterar a posição de dormir. Para alguns pacientes, pode ser recomendado o uso de um aparelho adaptado aos dentes, que traciona a língua para frente reduzindo o ronco.
Caso mais graves podem ser controlados com o uso do CPAP (Contiunous Positive Airway Pressure), uma máscara facial que fornece pressão contínua de ar para desobstruir as vias aéreas durante o sono, ou com cirurgia.
Para prescrição do tratamento adequado, um otorrinolaringologista deve ser consultado.